terça-feira, 6 de abril de 2010

Shiva Natarája, o Deus que dança no fogo



"A missão de Shiva é destruir para construir algo novo, portanto, é preferível chamá-lo de "renovador" ou "transformador". Suas primeiras representações surgiram no neolítico (4.000 a.C.) na forma de Pashupati, o Senhor dos Animais.

O Yôga, prática que produz transformação física, mental e emocional, tem sua criação atribuída a ele, com seus princípios totalmente ligados a transformação. Shiva é o deus supremo (Mahadeva), o meditante(Shankara) e o benevolente, onde reside toda a alegria (Shambo).

Porém, este Deus é representado por vários aspectos, um deles é o Nataraja, o Rei ''raja'' do Dançarinos ''nata''. Ele dança dentro de um círculo de fogo, símbolo da renovação e, através de sua dança, cria, conserva e destrói o universo.

A roda representa o eterno movimento do universo que foi impulsionado pelo ritmo do tambor e da dança. Shiva Nataraja não se envolve com a dança do universo pois sabe que ela não é permanente e como um yôgue, ele se fixa em sua própria natureza, seu ser interior, que é perene. sua dança é da pele para dentro.


Em uma das mãos segura o Damaru, o tambor em forma de ampulheta com o qual marca o ritmo cósmico e o fluir do tempo. Na outra, traz uma chama, símbolo da transformação e da destruição de tudo que é ilusório.

As outras duas mãos, encontram-se em mudrás (gestos reflexológicos com as mãos). A direita, cuja palma está a mostra, representa um gesto de proteção e bênçãos (abhaya mudrá). A esquerda representa a tromba de um elefante, aquele que destrói os obstáculos.

Nataraja pisa com seu pé direito sobre as costas de um anão, que representa o demônio da ignorância interior que nos impede de perceber nosso verdadeiro eu. O pedestal da estátua é uma flor de lótus, símbolo do mundo manifestado."

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