quinta-feira, 14 de julho de 2011

Budismo


imagem:web



Neste post falarei sobre o Budismo, estabelecendo sua relação com o Hinduísmo. Vejamos então:

O Budismo é, há muitos séculos, a tradição espiritual dominante na maior parte do continente asiático, exercendo forte influência sobre a vida intelectual, cultural e artística de diversos países. A essência do Budismo é definitivamente psicológica, enquanto que a essência do Hinduísmo é mitológica e ritualística. Buda se preocupou exclusivamente com a situação humana, seus sofrimentos e frustrações, portanto sua doutrina não era metafísica, e sim uma psicoterapia. Buda renovou os conceitos tradicionais indianos de maya, karma e nirvana, artibuindo-lhes uma nova interpretação, mais direta e dinâmica.

Sidarta Gautama , em profunda meditação sob a Árvore de Bodhi, após 7 anos de árdua disciplina nas florestas, obtece repentinamente o esclarecimento final e definitivo de todas as suas buscas e dúvidas no ato de um "despertar completo", e esta experiência fez dele o Buda, isto é, "o Desperto". No contexto do mundo oriental, a imagem do Buda no estado de meditação é tão significativa quanto a imagem do Cristo crucificado para o Ocidente.

A Primeira Verdade Nobre afirma a característica mais aparente da condição humana, duhkha, que é o sofrimento ou a frustração. S frustração deriva de nossa dificuldade em enfrentar o fato básico da vida, que é que, tudo aquilo que nos cerca é impermanente e transitório.

A Segunda Verdade Nobre está relacionada à causa de todo o sofrimento, trishna, que é o apego, ou a avidez. A partir dessa ignorância, dividimos o mundo que nos cerca, em coisas individuais e separadas, e dessa maneira, tentamos confinar as formas fluidas da realidade em categorias fixas criadas pela mente. Fazemos isso repetidamente formando um círculo vicioso, que é chamado no Budismo de samsara, o ciclo de nascimento-e-morte impelido pelo karma, a cadeia infindável de causa e efeito.

A Terceira Verdade Nobre afirma que é possível transcender o círculo vicioso de samsara, livrar-se do karma, para alcançar um estado de libertação total denominado nirvana. O nirvana é o equivalente ao moksha da filosofia hindu. Atingir o nirvana é atingir o despertar ou Estado de Buda.

A Quarta Verdade Nobre é a prescrição de Budapara acabar com o sofrimento, o Caminho Óctuplo do autodesenvolvimento que nos leva ao Estado de Buda. O ponto de partida necessário para este caminho é obter um límpido insight acerda da situação humana. Após isso, deve-se seguir omodo de vida budista, que é um Caminho do Meio entre extremos opostos. Buda considera sua doutrina como uma forma de se atingir a iluminação.


fonte: O Tao da Física, Fritjof Capra.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Hinduísmo


Shiva Nataraja


Gente!! Este mês o blog está comemorando 2 anos de existência! uhuuul!!!
E para comemorar, darei um gás nas postagens, portanto o blog estará cheio de coisa nova! Textos xamânicos, inspirações da Deusa tríplice, Orixás, Entidades, e muito mais!!

E para começar, apesar de ter prometido falar sobre os Exus, vou dar uma breve explicação sobre outras duas religiões, desta vez orientais. Isto porque, meu último post foi sobre Umbanda, e como este blog é holístico e não possui religião oficial, falarei sobre o Hinduísmo, e no próximo sobre o Budismo. Escolhi estas duas grandes religiões/filosofias considerando que já me orientaram e me inspiraram por demais, e ainda continuam me inspirando.

O Hinduísmo não pode ser considerado uma filosofia, e nem mesmo uma religião bem definida, pois trata-se de um "amplo e complexo organismo sócio-religioso." As manifestações do Hinduísmo vão desde filosofias altamente intelectuais, envolvendo concepções de alcance e profundidade fabulosas, às práticas rituais ingênuas das massas indianas. A sua fonte espiritual encontra-se nos Vedas, que são antigos textos escritos por sábios anônimos, e existem 4 Vedas. O tema básico que se repete na mitologia hindu é a criação do mundo pelo auto sacrifício de Deus, sacrifício no sentido original de "fazer o sagrado", pelo qual Deus se torna o mundo, e no final, o mundo volta a se tornar Deus.

Maya significa sinteticamente confundir a realidade, se perder na ilusão, "confundir o mapa com o território", e é uma das palavras mais importantes da filosofia. Outro conceito fundamental é o karma, que significa ação, é a totalidade do universo em ação, onde tudo se acha dinamicamente vinculado a tudo. O significado de karma, assim como o de maya, têm sido reduzido de seu nível cósmico original ao nível humano, o qual adquiriu um sentido psicológico. "Libertar-se do encantamento de maya e romper o laços do karma significa compreender que todos os fenômenos que percebemos com os nossos sentido constituem parte da mesma realidade". Significa experimentar concreta e pessoalmente, o fato de que tudo, inclusive nosso próprio ser é Brahman (a alma suprema, ilimitada, a essência do todo). Essa experiência é demonimada moksha ou "libertação", na filosofia hindu e constitui a essência mesma do Hinduísmo.

O Hinduísmo defende a idéia de que existem inúmeros caminhos para a libertação, e um deles é o yoga, que significa união (união da alma individual com Brahman). As 3 divindades mais adoradas na ìndia atualmente são Shiva, Vishnu e a Mãe Divina. Shiva é um dos mais antigos deuses indianos e pode assumir muitas formas. Sua aparição mais celebrada corresponde a Nataraja, o Rei dos Dançarinos. Como o Dançarino Cósmico, Shiva é o deus da criação e da destruição, que sustenta, através de sua dança, o ritmo interminável do universo. Eu particularmente sou super fã de Shiva. Aqui no Brasil podemos facilmente usufruir da milenar sabedoria do Hinduísmo através da realização de práticas de yoga, que são ótimas para alcançar estados ampliados de consciência, proporcionando assim momentos incríveis de meditação.

Om namah shivaya !!!


fonte: O Tao da Física, Fritjof Capra.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Salve ciganinha !


imagem: Josephine Wall.